Sabias, se me adivinhasses, de uma existência mais do que escrita nas folhas de um caderno ou de um palavrear de insatisfação em linhas curvas; como se as palavras fossem eu e quisessem vida depois de anos amarradas aos cabelos da esfinge, exposto agora o desejo à nudez do amanhecer.
Sabias, se me visses, do viço dos rebentos em vésperas da floração, ou da energia de uma estrela mal pousada no espaço, a querer abraçar a terra; como se o romance não tivesse ainda começado mas o seu halo já pairasse por cima da pose inquieta e do fogo a arder nos lábios.