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sexta-feira, julho 2


"eu gosto de carinho violento. de falar. de estar certa. de quem entende o que eu digo. de quem escuta o que eu penso. da minha prole. dos meus discos. dos meus livros. dos meus cachorros. dos Stones. do Rock Natural. da minha solidãozinha. dos meus blues. do meu sofá vermelho. da minha casa. do meu umbigo. de unhas cor de carmim. de homem que sabe ser homem. de noites em claro e dias em branco. de chuva e de sol. eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles. eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver. eu deixo pra quem eu acho que pode comigo. ninguém sabe. mas eu tenho coração de moça."


fernanda young.



 



Chegou antes, sentou-se e chamou o garçom. Reservou o melhor espumante e colocou uma rosa sobre o prato dela. Ela não veio, ele saiu e deixou a flor.

"talvez, sim, talvez eu fosse mulher, porque pensava no príncipe, a minha mão direita era a minha mão e a minha mão esquerda era a mão do príncipe, e a minha mão direita e a minha mão esquerda juntas eram as nossas mãos. apertava a mão do príncipe sem cavalo branco, sem castelo, sem espada, sem nada".


caio fernando abreu.

Na  fina camada da lua, ela dança, bailarina noturna saltando entre as estrelas ao som metálico da velha valsa.


Uma chuva de vidro e luz, cortando o pálido corpo, desenhando a vida com o rubro sangue na transparência do vento.

Os pirilampos dos seus olhos desaparecem com o primeiro beijo do sol, no dia alvacento ela ainda dança, na memória, que teima em esquecer sua ausência.


{Bill}


comecei dezenas de histórias

e não terminei nenhuma,

não sei para onde vão as minhas personagens

porque começam a falar

e logo se calam.

no papel sucede-me o mesmo que fora dele:

a minha vida é um punhado de começos

suspensos...

{Miriam Reyes}


“Queria ter o sol só para mim, tê-lo de forma a dele

poder de vez em quando ceder parte apenas a um dos

meus mais íntimos amigos “

{“Luis Miguel Nava”}