Todo mundo em algum momento da vida se questiona sobre a amizade. Se tem realmente amigos e quantos são, não é assim?
E vai se comparando com aquele amigo que quando dá uma festa enche a sala, e você quando dá uma festa sobra espaço. Só que o que você não sabe é que você convida pra sua casa os amigos de verdade, deixando pra lá o resto da galera e ele convida todos os que conhece e posa pra cima de você como O cara.
A amizade funciona da seguinte maneira: há os amigos íntimos, aqueles pra quem você mostra o pior de si próprio e ainda assim continuam do teu lado. Oferecem abrigo, ombro, e tudo o mais que você precisar, se dispõe, se oferecem, se doam em troca de nada... bem, nada não... em troca de você, da sua amizade. Esses cabem numa das mãos e ainda sobram dedos, e há os outros tão amigos quanto os íntimos que vão estar felizes por você estar feliz e vão oferecer um ombro quando você se disser triste sem perguntar nada pelo mesmo motivo: a sua amizade, esses também são poucos e raros.
E o restante? É o amigo do copo, o amigo da balada, o amigo do trabalho, o amigo da academia, o amigo do colégio, o amigo do futebol, o amigo da praia, conhecidos que você chama de amigo. Aqueles que você se lembra - sem contar o Natal e o fim de ano porque é de praxe -, umas seis vezes por ano em procurá-lo para dizer que se lembrou dele e sentiu falta e ele acredita porque faz o mesmo com você. Só que passado esse tempo você e ele já mudaram de casa ou de emprego ou de namorada, e nenhum dos dois dá conta que a vida do outro mudou. Mas tem quem teime em chamar uma pessoa assim de amigo.
Amigo é aquele que está presente sempre, independente da distância, que não te procura com segunda intenção de nada, ele apenas é teu amigo. Apenas?
Mas você é quem sabe se continua reclamando por achar que tem poucos amigos ou se prefere agradecer por ter esses poucos sempre do teu lado. A escolha é sempre nossa, ou se quer a sala cheia ou o coração.