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sábado, agosto 14




«Não tinhas nome. Existias como um eco do silêncio. Eras talvez uma pergunta do vento.»

Albano Martins

 

sexta-feira, agosto 13

Costurava estrelas quando chegaste.

Robusto e belo.

Brilhante e calmo.

Costurava e parei.

Observei teus caminhos.

Tive medo e não segui...

O céu me chamava aflito.



Costurava estrelas quando foste embora.

E eu continuei reticente.

Linha indo, linha voltando.

As estrelas brilhavam e eu as unia uma a uma,

sonho a sonho,

faina a faina,

tecendo uma rede brilhante.

Por toda a vida.

Lá de baixo, vejo contemplarem meu trabalho imenso

perdido nesse azul errante.

Lá em baixo eles sonham.

Lá embaixo eles amam.



"Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura... Essa intimidade perfeita com o silêncio... Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado de pequenos absurdos, essa capacidade de rir à toa. Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza de quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser. Resta essa faculdade incoercível de sonhar, de transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade de aceitá-la tal como é, (...) e essa pequenina luz indecifrável a que às vezes os poetas dão o nome de esperança. Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto, esse eterno levantar-se depois de cada queda, essa busca de equilíbrio no fio da navalha, essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo infantil de ter pequenas coragens."




(Vinicius de Moraes
"Te liguei e fiquei muda, de repente. Em minha voz não coube o excesso de palavras. Ela despenca ao te ouvir, antes de ser entregue."

(Jaya Magalhães)
 
 

''Eu fico abraçada aos discos antigos. O violão me espia, mudo. Espalho papéis no chão e passeio entre todas essas letras caladas. Me debruço sobre versos já tantas vezes lidos e me alugo para sonhar, como o poeta da solidão. O incenso queimou. Já não lembro teu cheiro.''

Jaya Magalhães
 
 

quarta-feira, agosto 11




"Guardo meu coração para depois, ainda não sei o que fazer com a parte que era tua."

(Cáh Morandi)

terça-feira, agosto 10






"Falo do amor ao despertar, falo do amor quando sonho,

com as flores, com os campos, as fontes, os ecos, o ar, os ventos,

e se não houver alguém que me escute, falo deste amor comigo mesmo."

(Wofgang Amadeus Mozart)




Toca no mais profundo refluxo onde os meus "eus" suportam pisar...


"tem gente que chega,

faz casa,

abre janelas,

ameniza dores,

e depois,

nos prende a alma

de um jeito

que a gente não vive sem ela."



(Sirlei L. Passolongo)