Costurava estrelas quando chegaste.
Robusto e belo.
Brilhante e calmo.
Costurava e parei.
Observei teus caminhos.
Tive medo e não segui...
O céu me chamava aflito.
Costurava estrelas quando foste embora.
E eu continuei reticente.
Linha indo, linha voltando.
As estrelas brilhavam e eu as unia uma a uma,
sonho a sonho,
faina a faina,
tecendo uma rede brilhante.
Por toda a vida.
Lá de baixo, vejo contemplarem meu trabalho imenso
perdido nesse azul errante.
Lá em baixo eles sonham.
Lá embaixo eles amam.