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sexta-feira, novembro 4

 
 
 
 
Não quero mais ser apenas a mulher fatal, aquela que desatina juízos, desarruma os lençóis e transforma a tua vida num redemoinho doce. Quero ser também a tranqüilidade das tardes sonolentas depois do almoço, a fluidez das horas ociosas. Quero ser canto, colo, aconchego, rotina e abrigo de paredes concretas. E uma ponte para o exterior quando a madrugada inquieta...Quero permanecer mais do que estar, sem me preocupar pra que direção o vento levará teus desassossegos.

Mas, deste caminho que te apresento, faço do convite esta certeza de mãos dadas só no início... Pois há algo que mesmo quem teme , ignora: é possível que a estrada seja engolida: pelas águas, pelo cansaço, pelo desperdício das horas, pelos indícios.

Não acredito mais na idéia de amor romântico, por isso, perdoa se te transformei no homem da minha vida, eu deveria ter deixado que você se tornasse por mérito próprio.

E se percebo que não há garantias é porque nunca as tive: nem nas ausências, nem durante a mais intensa companhia. E destes gritos que abrangem um mar inteiro numa breve manhã ou numa tarde sem carícias, me desvencilho. Quero saber que você existe, que já esteve em mim e comigo, mas que é tão livre para ser quanto eu sou. E que esteja e seja matéria ou substância etérea sem me machucar com tua existência sólida. Não quero que nada sobre você me pese nos dias e nem que a saudade me faça acordar com o olhar mais triste que já tive. Quero saber-te pleno e estar feliz por isto, seja lá qual for o motivo. Quero saber-me plena e casada com o amor, mesmo que você já não seja mais o foco. Há muito alvoroço de mar em mim, deixa que eu viva e escreva por esta Natureza.(Nasci explícita para que ningúem me guarde num segredo.)Sou permanência e transitoriedade. Sou reminiscência e novidade. E sei e sinto e vejo mais do que gostaria.

E, se isto me orienta, também me angustia. 

Você sabe, às vezes me falta destreza.

E para que não seja sempre assim tão ácido,

Não sejamos nós,

Antes, sejamos laços:

Desses que se atam e desatam com delicadeza.

Marla de Queiroz

 
 
 
"De todas as cores, azul.

De todas as flores, gérbera. Reza toda noite antes de dormir. E nunca esquece de agradecer pelas bonitezas do dia.

Agradece também pelo que é feio, mas engrandece.

Acredita que o sofrimento enobrece, mas nem sempre, porque prefere o caminho mais fácil.

Põe o pé direito pra fora da cama primeiro.

Herdou algumas supertições, além do riso fácil e do olhar ágil. Está sempre apressada e atrasada. Fala mais com as mãos, que com a boca.

Pensa mais rápido que fala e quase não fala o que pensa. Aprendeu a ser comedida. Tropeçou muitas vezes no caminho. Já se apaixonou pra sempre. Já morreu de amor.

Não acredita mais em príncipe encantado, mas torce pra que lhe provem o contrário todo-santo-dia."


(Brisa Mulatinho)
 
"Enquanto não atravessamos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."


Fernando Pessoa.



Coloque os pés nesse mar que te assusta, e você irá ver a graça de Deus agindo e te ajudando a atravessar o mar. Mesmo quando não acontecer o que você esperava." 
Fabio de Melo

quinta-feira, novembro 3

 
 
 
"Doer, dói e doerá. Mas não queira experimentar entre o melhor e o pior. É bem melhor não ter o grande e sonhado amor, do que tê-lo e não poder desfrutá-lo porque diminuiu. Há perdas que libertam. Tente de novo!"


(Pe. ZEZINHO)
"Um dia, juro, seus olhos fechados serão velados por alguém que suporta te ver tão feliz, que de olhos abertos listará seus mil defeitos, mas desprezando suas imperfeições de olhos fechados, pois é o tempo de abrir os olhos para a verdade de que o amor existe. Mas claro, apenas aos que sabem fechar os olhos para ver."

(Gabito Nunes in Por que seus olhos têm se fechado?)
 

Sua exigência solitária é poder, um dia, atravessar a rua sorrindo, abraçar forte e poder dizer que, putz, foi gostoso aquele nosso tempo. Aquele, quando depois de uma tempestade transatlântica, uma ilha encostou em outra ilha, mudou radicalmente o desenho da geografia e, juntos - pelo menos por um bom tempo - formaram um arquipélago desses azul, bem bonito.
Trecho do texto “Arquipélago” - Gabito Nunes

terça-feira, novembro 1



Por mais quantas vezes eu terei de ser forte, ou fraca demais a ponto de me recompor, me desmoronar e fazer outros corações dentro de mim mesma?




Não quero mais o presente,
não quero mais a paralisia,
o pra sempre.
Alguém espera por mim.
Alguém não vê a hora de eu chegar.
Eu não vejo essa hora.
Daqui não alcanço esse sonho.
Eu me vou.

(Tudo que eu queria te dizer/ Martha Medeiros) 
Não diga as coisas com pressa. Mais vale um silêncio certo que uma palavra errada. Demora naquilo que você precisa dizer. Livre-se da pressa de querer dar ordens ao mundo. É mais fácil a gente se arrepender de uma palavra que de um silêncio. Palavra errada, na hora errada, pode se transformar em ferida naquele que disse, e também naquele que ouviu. Em muitos momentos da vida o silêncio é a resposta mais sábia que podemos dar a alguém.

(Pe. Fabio de Melo)




Eu tinha visto na sua solidão, uma excelente amiga para a minha solidão.
Eu achei que elas pudessem sofrer juntas, enquanto a gente se divertia!

Tati Bernardi