Sou marioneta presa aos fios de nylon dos teus dedos. Comandas-me a
uma distância que os números não conhecem.È meu dono e dos meus
dias. De todos os dias em que me faz falta, de todos os segundos em que penso em você.
Pesa-me a ausência do que quase fomos, de todas as vezes em que
acabamos descaradamente os desencontros. Olho para trás e vejo um
ano sofrido de almas feridas por verdades choradas entre quatro paredes
de um qualquer quarto de hotel. Olho para trás e vejo um ano luminoso
porque, apesar de todas as incontáveis vezes que nos declinámos,
percebemo-nos e soubemos ler no imenso silêncio de uma noite quente
de verão.
Queria saber eliminar todas as contradições que fragilmente nos
unem...queria saber tornar-te possível na minha vida e traçar um
caminho de sonhos a que pudéssemos chamar nosso...queria, afinal e tão
só, poder contar com você e saber onde te procurar quando o vazio da
tua ausência me enche o peito e a alma como em dias como o de hoje
(todos?...).
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