Pesquisar este blog

sexta-feira, agosto 15

NEM RÉU, NEM JUIZ

Que nem serpente

Até meus pés

Se rastejou

Me seduziu

Meu coração fragilizou

Me envenenou, feriu

Depois cruel, me seqüestrou

Me confinou no seu covil

E me entreguei ao seu amor

Me escravizei, servil

Tornou-se me feitor

Cambono, capataz

Um anjo protetor

Com ar de satanás

Me fez seu prisioneiro

Deixei-me acorrentar

E o meu resgate eu sei

Nem penso estipular

um delinqüente, marginal

Desabusado transgressor

Que se elegeu para ser algoz

De um atormentado amor

Mas nessa estória há um porém

Me escravizei porque eu quis

Se dele hoje sou refém

Jamais serei juiz...

(DVD MARTINHO DA VILA)

Nenhum comentário: