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sábado, agosto 30

RECADO

Gostaria de saber onde você se esconde por este tempo em que não se soma aos meus dias.
Sei-te aqui dentro, onde apenas você existe [falta de espaço que me dizem ser um problema temporário], mas de uma forma tão serena que me esqueço do caminho que tenuamente se me desenha no olhar. Em que lugar de mim adormece quando me entrega ao sossego de não contar os dias e as horas e os quilómetros que nos separam?
Gosto de respirar fundo nestes dias oferecidos por uma qualquer conjugação cósmica que te apaga dos meus sonhos, do meu pensar. Tudo tão repentinamente como o momento em que voltarás a arranhar-me o peito, a arrepiar-me a pele e a fazeres-te em palavras urgentes de nascer. Não que queira perceber o silêncio que se instala no meu corpo nos dias em que hiberna no meu peito. Com você os silêncios não doem e é doce prolongá-los nas horas quentes das tardes que lentamente se arrastam pela minha vida.
Pergunto-me se haverá mais alguém neste mundo com quem os silêncios digam tanto...

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