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sexta-feira, dezembro 25



 
Eu ouso a paixão

não a recuso

Escuto os sentidos sem o medo por perto

troco a ternura da rosa

ponho a onda no deserto

A tudo o que é impossível

abro e rasgo o coração

Debaixo coloco a mão

para colher o incerto

Desembuço o amor

no calor da emboscada

infrinjo regras e impeço

Troco o sonho dos deuses

por um pequeno nada

Desobedeço ao preceito

e desarrumo a paixão

Teço e bordo o meu avesso

e desacerto a razão


Maria Teresa Horta

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