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domingo, agosto 1





Haverei de resguardar o coração

das inúmeras ciladas que há no teu?

Preterir-te, sem que meu instável chão

se desmanche, caso venha o adeus?

Nos meus sonhos, suplicante, em oração,

peço ao Deus que me conduza nesse breu

de amar-te; e, toda tua ser, então,

sem o medo que carrego, que é tão meu!





Haverei de esquecer que dor e amor

filhos são da mesma deusa e, com primor,

andam juntos e se deleitam nos reféns?

Haverei de abrir mão do teu calor

e ouvir esse meu pueril pudor

mas não ver o que a vida tem de além?

t. prates

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