Haverei de resguardar o coração
das inúmeras ciladas que há no teu?
Preterir-te, sem que meu instável chão
se desmanche, caso venha o adeus?
Nos meus sonhos, suplicante, em oração,
peço ao Deus que me conduza nesse breu
de amar-te; e, toda tua ser, então,
sem o medo que carrego, que é tão meu!
Haverei de esquecer que dor e amor
filhos são da mesma deusa e, com primor,
andam juntos e se deleitam nos reféns?
Haverei de abrir mão do teu calor
e ouvir esse meu pueril pudor
mas não ver o que a vida tem de além?
t. prates
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